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sábado, 11 de outubro de 2025

Beber água com limão pode não ser tão saudável quanto parece, avisam especialistas

Beber água com limão em jejum tornou-se um hábito diário para muitas pessoas, por acreditarem que é um método que acelera a perda de gordura e ajuda a desinchar rapidamente. No entanto, segundo nutricionistas e médicos, não há evidências científicas que comprovem esses efeitos.

Em declarações ao site El Economista, os especialistas explicam que o limão não possui propriedades que promovam a queima de gordura, tornando este um dos mitos mais comuns sobre dietas e hábitos de saúde. Para além disso, beber água com limão ainda pode trazer alguns efeitos negativos para o organismo.


Entre os aspetos positivos estão:

-Hidratação desde cedo: beber água com limão logo pela manhã ajuda a iniciar a ingestão diária de líquidos, essencial para o bom funcionamento do corpo.

-Melhora da absorção de ferro: consumir limão junto de alimentos ricos em ferro aumenta a sua absorção pelo organismo.

-Vitamina C: como a laranja, o limão é rico em vitamina C, que combate a oxidação e ajuda a proteger os tecidos do envelhecimento precoce.


Efeitos negativos a ter em conta:

-Apesar das vantagens, abusar do consumo de água com limão pode ter consequências:

-Erosão dentária: a acidez pode desgastar o esmalte dos dentes.

-Problemas digestivos: pode causar azia ou dor abdominal.

-Irritação oral: em alguns casos, provoca irritação da mucosa bucal.


O conselho dos especialistas é consumir água com limão com moderação e sempre atento a possíveis problemas prévios de saúde. Ou seja, embora seja um hábito saudável em termos de hidratação e aporte de vitamina C, não substitui uma alimentação equilibrada nem exercícios físicos para perder peso.

A gelatina é recomendada na maioria das dietas, mas especialistas alertam para riscos de a comer todos os dias


A gelatina é uma sobremesa que muitas pessoas adquirem nas suas dietas. Produzida a partir de colagénio animal, este alimento é frequentemente promovido por supostos benefícios para a pele, articulações e digestão. No entanto, especialistas alertam que o consumo diário pode ter efeitos prejudiciais para a saúde.

De acordo com o site El Cronista, o principal risco das gelatinas comerciais está nos altos níveis de açúcar e aditivos, como corantes artificiais e conservantes, que podem contribuir para o aumento de peso, problemas metabólicos e doenças como a diabetes tipo 2. Para além disso, um consumo excessivo pode afetar a digestão, provocando prisão de ventre ou desconforto abdominal, sobretudo em dietas pobres em fibra.

Outro ponto importante é que a gelatina não é adequada para vegetarianos ou veganos, por ser feita a partir de ossos e tecidos animais, e não substitui uma alimentação equilibrada, uma vez que não fornece todos os nutrientes essenciais. Os especialistas recomendam que seja consumida com moderação e, sempre que possível, em versões caseiras ou sem açúcar, complementando a dieta com outras fontes de colagénio, como caldo de ossos ou proteínas vegetais.

Apesar de ser um alimento saboroso e com alguns benefícios, a gelatina não deve fazer parte da alimentação diária, sendo a moderação a chave para manter uma dieta saudável.

Pilates é bom mas este exercício é ainda melhor a partir dos 40 anos, garantem especialistas

Fazer exercício é essencial em qualquer idade, mas depois dos 40 torna-se ainda mais importante escolher atividades que respeitem o corpo e se adaptem às suas necessidades. O pilates é uma excelente opção para fortalecer e alongar, mas os especialistas garantem que há um tipo de treino com benefícios ainda maiores: o exercício aquático.

Por ser praticado na água, o impacto sobre as articulações e ossos é reduzido, o que diminui o risco de lesões e torna o movimento mais seguro e confortável.

De acordo com o site El Economista, a resistência natural da água transforma até os gestos mais simples em exercícios eficazes, ajudando a tonificar os músculos, melhorar o equilíbrio e prevenir quedas. Estudos realizados pelo National Institutes of Health mostram que programas de treino aquático aumentam a força, a agilidade e a estabilidade, especialmente em mulheres a partir de certa idade. Caminhar dentro de água, usar halteres de espuma ou fazer flexões apoiadas na parede da piscina são exemplos de movimentos simples e com ótimos resultados.

Para além dos benefícios físicos, o contacto com a água tem também efeitos positivos na mente. A sensação de leveza e o ambiente relaxante ajudam a reduzir o stress, melhorar o humor e favorecer a socialização. Depois dos 40, a piscina pode mesmo ser o melhor ginásio por ser um desporto completo.

O ritual matinal de uma mulher de 49 anos que faz toda a diferença no corpo

Existem hábitos matinais que fazem toda a diferença no nosso dia e que, muitas vezes, passam despercebidos. Raquel Bollo, reconhecida designer e ícone de estilo, partilhou recentemente um dos hábitos que não abdica todas as manhãs: beber chá de aloe vera em jejum. A prática, segundo a própria, faz parte da sua rotina diária e é um complemento à sua alimentação equilibrada, baseada na dieta mediterrânea.

"Adoro uma salada de atum com abacate… mas o que nunca me falta é o meu chá de aloe todas as manhãs em jejum", contou à revista espanhola Semana. Este ritual matinal ajuda a nutrir o corpo desde o primeiro momento do dia, potenciando os efeitos de uma alimentação saudável e equilibrada.

Raquel Bollo reforça que manter hábitos consistentes é a chave para cuidar da saúde e da pele, combinando alimentação, suplementação e rotina de beleza diária. O seu conselho para quem quer adotar esta prática é simples: incorporar pequenas ações diárias que promovam bem-estar e equilíbrio desde o início do dia.

Entre o ovo estrelado e cozido, qual o mais saudável? Nutricionista dá resposta que poucos esperam ouvir

O debate é antigo: é mais saudável o ovo estrelado ou o ovo cozido? A nutricionista Rita Andrade respondeu no Dois às 10 e esclareceu que a diferença não é tão grande quanto muitos pensam — depende apenas da forma como é preparado.

“Entre o estrelado e o cozido não há grande diferença, desde que a gema esteja mole e a clara bem cozinhada”, explicou a especialista.

Ainda assim, Rita Andrade deixou algumas recomendações: para quem prefere o ovo estrelado, o ideal é usar uma frigideira antiaderente e evitar o excesso de gordura no preparo. Já o ovo cozido com a gema mole é considerado uma excelente opção, por preservar melhor os nutrientes e as gorduras boas.

História de Dois às 10

Os Alimentos com Mais Calorias - Manteiga de Amendoim

 


A manteiga de amendoim é uma pasta adorada que é considerada um alimento básico em muitas casas nos Estados Unidos. Embora seja saborosa e tenha alguns benefícios interessantes para a saúde, é um daqueles alimentos que você precisa ter cuidado. Moderação é a palavra-chave aqui, especialmente se tiver aproximadamente 588 calorias por 100 gramas.

Os Alimentos com Mais Calorias - Óleo de Coco

Apesar do que a internet possa dizer, estamos aqui para afirmar que o óleo de coco não é tão saudável assim. Em apenas 100 gramas, ele tem cerca de 862 calorias, o que o torna um dos alimentos com maior teor calórico. Sem mencionar, contém uma grande quantidade de gorduras saturadas que podem ser realmente prejudiciais para a sua saúde cardíaca se você consumir demais.

Os Alimentos com Mais Calorias - Queijo Cheddar

Quem não adora queijo? Coloque-o numas sandes, combine-o com carne ou utilize-o na salada. Mas claro, só porque é saboroso, não significa que o possamos comer em quantidades exageradas. Com cerca de 402 calorias por 100 gramas, continua a ser importante moderar o consumo. É um ótimo alimento para contribuir para a saúde dos ossos, graças ao seu elevado teor de cálcio.

Os Alimentos com Mais Calorias - Nozes Pecan

Semelhantes às nozes de macadâmia, as nozes pecan são outro tipo de noz rico em calorias. 

Se comermos 100 gramas, estamos a consumir aproximadamente 691 calorias! Contém muitas proteínas, gorduras saudáveis e fibras, e é sem dúvida um dos lanches mais saudáveis que você pode ter.

Os Alimentos com Mais Calorias - Chocolate

Não, não estamos a falar de leite nem de chocolate branco, que são ambos ricos em calorias e prejudiciais para o corpo quando consumidos em excesso. Neste ponto, gostaríamos de falar especificamente sobre o chocolate negro, um alimento que é surpreendentemente saudável quando consumido com moderação, graças aos seus muitos minerais. Em apenas 100 gramas, há cerca de 550 calorias, por isso certifica-se apenas de não exagerar.

Os Alimentos com Mais Calorias - Azeite

Nós não vamos consumir 100 gramas de azeite puro, mas, para temos uma ideia, são umas impressionantes 884 calorias. 

Embora o azeite extra-virgem tenha alguns benefícios surpreendentes para a saúde, como ajudar a controlar seus níveis de colesterol, quando consumido em grandes quantidades não é saudável a longo prazo.

Os Alimentos com Mais Calorias - Manteiga


Utilizada na cozinha ou simplesmente espalhada na torrada, a manteiga é normalmente adicionada em pratos para lhes dar um pouco mais de riqueza e profundidade. 

Infelizmente, porém, a manteiga não é o ingrediente mais saudável. 

Não só é alta em calorias, cerca de 717 por 100 gramas, mas também é carregada de gorduras saturadas que podem levar a diversas complicações de saúde se consumidas em grandes quantidades.

Os Alimentos com Mais Calorias - Nozes de Macadâmia



Para pessoas que adoram um lanche saboroso e substancial, as nozes macadâmia são uma boa opção. Mas você sabia que elas estão entre as nozes com maior densidade calórica? 

Em apenas 100 gramas, você está consumindo cerca de 718 calorias. No entanto, não se assuste, porque essas nozes contêm muitas vitaminas, minerais e gorduras saudáveis que são realmente boas. Como em tudo, apenas consuma sempre com moderação.

É mito ou verdade que o pão torrado engorda menos? Nutricionista responde

O pão é, para muitas pessoas, indispensável no pequeno-almoço. No entanto, existe a ideia de que, ao ser colocado na torradeira, engorda menos e se torna uma opção mais saudável. Mas será que isso corresponde à realidade?

Em entrevista à rádio espanhola ADN, a nutricionista Patricia Medvesck esclarece que: «Ao torrar o pão não estamos a reduzir calorias, apenas lhe retiramos a humidade, tornando-o mais crocante e saboroso», ou seja, o valor energético mantém-se exatamente o mesmo.

Além disso, a nutricionista alerta que queimar ligeiramente o pão pode até afetar os níveis de açúcar no sangue, devido ao seu teor de hidratos de carbono. O tipo de pão também faz diferença: «O pão integral será sempre mais saudável do que o pão branco de farinha refinada, porque a fibra é muito benéfica para o nosso organismo».

Quanto à quantidade, Patricia Medvesck recomenda não ultrapassar os 80 a 100 gramas por dia, o que equivale a uma carcaça grande ou uma regueifa, distribuída ao longo das refeições.

Em resumo, a conclusão é clara: o pão torrado não engorda menos nem perde calorias. Continua a ser um alimento calórico, e o importante está na escolha do tipo de pão, na quantidade consumida e no que o acompanha.

História de Joana Lopes

Isto é o que o nosso corpo sofre ao comer banana todos os dias — e quase ninguém percebe

As bananas são uma das frutas mais populares, apreciadas pela sua facilidade de transporte, consumo e sabor agradável. Contudo, não são unanimemente aceites: enquanto alguns defendem que são uma excelente fonte de potássio, outros consideram que contêm demasiado açúcar.

O site Eating Well investigou tudo o que se diz sobre as bananas para esclarecer quais os seus benefícios para a saúde e avaliar se devem ser consumidas diariamente. O objetivo foi perceber se constituem um componente essencial numa alimentação equilibrada.

Comecemos pelo perfil nutricional desta fruta. Uma banana média contém cerca de 105 calorias, 27 g de hidratos de carbono, 3 g de fibra, 14 g de açúcares e 422 mg de potássio. Mas o que significam estes valores na prática?

As bananas são uma ótima fonte de hidratos de carbono, que funcionam como “combustível” para o corpo. Para além disso, possuem vitaminas do complexo B — como B3, B6 e B12 — que auxiliam o organismo a extrair energia dos hidratos. O ideal é que sejam consumidas em conjunto com gorduras saudáveis e proteínas, de forma a prolongar a energia fornecida e a manter estáveis os níveis de açúcar no sangue.

Embora haja quem critique o seu teor de açúcar, as bananas podem contribuir para a manutenção de um peso saudável. Integradas numa dieta equilibrada, ajudam a prolongar a sensação de saciedade, reduzindo a vontade de ingerir alimentos mais calóricos.

Outra vantagem significativa é o seu elevado teor de fibra — aproximadamente 3 g por unidade — que é fundamental para alcançar a recomendação diária, situada entre 28 e 34 g.

As bananas contêm também um tipo particular de fibra, a pectina, que promove a eliminação eficiente dos resíduos pelo organismo. Esta fibra é mais abundante nas bananas ainda verdes.

Além disso, esta fruta é benéfica para o coração, graças ao seu elevado teor de potássio, correspondendo a cerca de 9% da dose diária recomendada. O potássio é vital para o funcionamento correto das células e pode ajudar a diminuir a pressão arterial.

Por fim, as bananas possuem propriedades antioxidantes que ajudam a combater os efeitos negativos do stress oxidativo no corpo — um processo que pode causar inflamação e danificar os tecidos. A longo prazo, o stress oxidativo pode levar a inflamação crónica, aumentando o risco de doenças cardíacas, diabetes e cancro.

Depois de confirmar os benefícios das bananas, resta saber qual a frequência ideal de consumo. Segundo o site Eating Well, não existe uma regra fixa, embora comer uma ou duas bananas por dia não seja prejudicial para a maioria das pessoas. É importante, contudo, combinar a banana com uma fonte de gorduras saudáveis ou proteínas.

Importa salientar que pessoas com doença renal crónica devem evitar alimentos ricos em potássio — como as bananas — para prevenir danos nos rins e no coração.

Mesmo na ausência de problemas de saúde, o consumo excessivo de bananas pode levar a níveis elevados de potássio no organismo, com consequências graves.

A recomendação é, portanto, clara: as bananas devem ser consumidas com moderação, tal como qualquer outro alimento saudável, e integradas numa dieta variada.

História de Joana Lopes


segunda-feira, 28 de julho de 2025

Aula de HIIT

Aula de Zumba

Aula de Meditação

Aula de Yoga

Aula de Mobilidade

Aula de Localizada

Aula de Core

Aula de Localizada

Aula de Pilates

Aula de HIIT

Aula de Zumba

Aula de Pilates

Aula de HIIT

Aula de Localizada

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Exercícios para perder barriga

Para conseguir uma “barriga seca”, não são apenas os exercícios aeróbicos a fazer todo o trabalho: os anaeróbicos e uma alimentação equilibrada são igualmente essenciais. Experimente e veja os resultados deste exercícios para perder barriga.

Não há homem ou mulher que goste de ter uma barriga proeminente. Por isso, falamos-lhe de exercícios para perder barriga, uma forma saudável e eficaz de resolver este problema que vai muito além da preocupação com a estética. Isto porque a gordura abdominal aumenta o risco  metabólico, ou seja, o risco de desenvolvermos doenças associadas à obesidade, como a diabetes, aumento do níveis de colesterol, doenças cardiovasculares e hipertensão arterial, entre outras. 

A gordura visceral é aquela que se acumula nas camadas profundas da barriga, envolvendo órgãos como o fígado e os intestinos.


Como medir o perímetro abdominal

Para verificar se a o seu perímetro abdominal está dentro dos parâmetros adequados, é só necessário fazer uma medição muito simples: deve colocar a fita métrica à volta da barriga, acima do osso da anca, e apontar a medida.

Segundo os valores de referência, um perímetro abdominal igual ou superior a 80 centímetros nas mulheres e igual ou superior a 94 centímetros nos homens corresponde a um risco metabólico aumentado. Se for igual ou superior a 88 centímetros no sexo feminino e igual ou superior a 102 centímetros no sexo masculino, trata-se de um risco metabólico muito aumentado.


Exercícios para perder barriga: quais são?

Além de ser recomendável procurar aconselhamento médico, existem exercícios simples que ajudam a perder barriga. Segundo um estudo apresentado pela universidade americana Duke University Medical Center, os exercícios aeróbicos como andar, correr, nadar e pedalar são os melhores para perder a gordura localizada na barriga.

Estes trabalham uma grande quantidade de grupos musculares, são contínuos, prolongados e realizados com movimentos muito rápidos.

A corrida, por exemplo, quando feita com intensidade e, no mínimo, 3 vezes por semana, elimina mais gordura abdominal do que os exercícios de resistência como a musculação.

No entanto, para conseguir uma “barriga seca”, não são apenas os exercícios aeróbicos a fazer todo o trabalho: os exercícios anaeróbicos e uma alimentação equilibrada são igualmente essenciais.

De qualquer forma, há exercícios que pode realizar em casa e que podem ajudar a atingir o objetivo (quase) sem sair do lugar. No entanto, deve consultar o seu médico e saber as suas limitações antes de iniciar qualquer plano de treino.


Exercício 1

Aprenda estes exercícios para perder barriga

Sente-se na ponta da cadeira e apoie as mãos na zona lateral;

Levante lentamente as pernas com a força do abdómen. Repita dez vezes e descanse;

Faça cinco séries deste exercício. 


Exercício 2

Aprenda estes exercícios para perder barriga

Deite-se de barriga para cima, coloque o pé esquerdo em cima do joelho da perna direita. Deixe a mão esquerda deitada ao longo do corpo, como indica a figura, e coloque a mão direita atrás da cabeça;

Com essa mão a sustentar o peso da cabeça, leve o cotovelo direito em direção ao joelho esquerdo;

Repita dez vezes e descanse;

Faça cinco séries deste exercício.


Exercício 3

Aprenda estes exercícios para perder barriga

Mantenha-se deitado de barriga para cima, levante uma perna de cada vez e mantenha na posição de 90 graus durante dez segundos;

Repita dez vezes.

sábado, 24 de maio de 2025

Gravidez na adolescência

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, relativos ao Inquérito à Fecundidade e Família, Portugal continua apresentar uma mais elevadas taxas de gravidez na adolescência da Europa (6,8%, em 1997).

Em pleno século XXI, ainda há muitos jovens sem informação no que diz respeito à sua própria sexualidade. Mas, mais do que falta de informação, é o medo de assumir a vida sexual activa e a falta de espaço para a discussão dos valores com os pais/adultos que, muitas vezes, acaba por levar à gravidez indesejada.

No entanto, há também que considerar as gravidezes falsamente indesejadas, geradas pela necessidade de afecto das raparigas ou para forçar o parceiro a assumir a relação. Esta ocorrência culmina com as gravidezes que se dão para serem o pretexto de a rapariga poder sair de casa, deixar o seu meio familiar, quase sempre desestruturado e desequilibrado, movido pelo sonho de encetar uma vida nova com a esperança num futuro feliz e harmonioso. Não é regra. Infelizmente esses sonhos quase nunca se tornam realidade...

De acordo com estudo "Mães Adolescentes - Alguns Aspectos da sua Inserção Social", realizado por Isabel Lereno, Carla Gomes e Paula Faria, em 1993, na Maternidade Júlio Dinis (Porto), ?as conclusões apontam no sentido de as jovens que engravidam e prosseguem com a gravidez até ao parto pertencerem a grupos sociais desfavorecidos e com uma subcultura própria em que os padrões de comportamento e organização familiar diferem da norma social estabelecida.?

A adolescência é (ou deveria ser) um período de descoberta do mundo, dos amigos, de uma vida social mais ampla... Assim, a gravidez pode interromper, na adolescente (falamos no feminino, porque normalmente é a rapariga que acaba por se privar das suas actividades para cuidar da gestação e da criança), esse processo de desenvolvimento que é próprio da idade.

Acrescem as responsabilidades e há que assumir o papel de adulta, já que se vê "obrigada" a dedicar-se aos cuidados maternos. O prejuízo é duplo: nem é uma adolescente plena, nem será inteiramente adulta!

Mas, ao contrário do que acontecia anteriormente, a informação está muito agora mais disponível aos jovens. As delegações da APF - Associação para o Planeamento da Família (por exemplo, através do projecto de Estudo, Prevenção, Apoio à Gravidez e Maternidade na Adolescência ?Mamãs de Palmo e Meio?), os Centros de Saúde, as diversas linhas de apoio e os programas de educação sexual nas escolas são alguns exemplos da ajuda que os jovens podem encontrar.

A disponibilização de preservativos nas escolas, uma medida que tem gerado alguma polémica, foi objecto de um estudo recente realizado nos E.U.A.. As conclusões da pesquisa vêm revelar que esta disponibilização não contribui para o aumento da actividade sexual entre os adolescentes. A medida tem um efeito positivo na protecção dos que já iniciaram a vida sexual, nomeadamente ao nível da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

Salienta-se ainda que, tendo sempre em atenção o facto de os adolescentes serem um grupo com uma vida sexual particularmente activa, e como medida de protecção para as doenças sexualmente transmitidas ou para uma gravidez indesejada, a legislação portuguesa estabelece que devem ser tomadas medidas para melhorar as condições de acesso e atendimento dos jovens nos hospitais e centros de saúde.

Face à disponibilidade e facilidade de acesso à informação e à abertura que se verifica na discussão de temas relacionados com a sexualidade, parece que o problema reside no assumir de um atitude que faça a prática ser eficiente. Ou seja, a partir do momento que os adolescentes têm acesso à informação, devem gerar uma atitude: a de a pôr em prática.

Muitos ainda têm a ideia que com eles não acontece nada de mal. Esse tipo de coisas acontece sempre aos outros. De facto, não é raro ouvir uma mãe adolescente afirmar que "nunca pensei que isso pudesse acontecer comigo, embora soubesse que podia engravidar".

E quando descobrem que estão grávidas, a maior parte das adolescentes passa por momentos de grande angústia e tensão. Têm medo de contar ao namorado (se é que a relação é estável), de contar aos pais, que os amigos descubram e as isolem. A opção, para muitas, é o aborto, feito às escondidas, muitas vezes sem dizerem nada a ninguém.

Outras optam (seja por medo ou por falta de recursos financeiros, ou até mesmo pelas suas convicções) por enfrentar tudo e todos e ir avante com a gravidez. Tanto umas como outras acabam por marcar irremediavelmente as suas vidas: forçam-se casamentos, interrompem-se planos de vida e as crianças, mesmo que sejam muito amadas, são um imprevisto que fica para sempre. Muitas vezes, o medo da jovem pode levá-la a esconder a gravidez até às últimas consequências. Nesse casos, a falta de uma acompanhamento médico desde o início, pode trazer complicações, tanto para a mãe como para a criança.

Para as que decidem ter o filho, a fantasia deixa de existir para dar lugar à realidade na hora do parto. É um momento muito delicado que pode gerar medo, angústia e rejeição.

E, quando não há apoio da parte da família, companheiro e amigos, o futuro da adolescente fica seriamente comprometido. Interrompem-se os estudos (muitas vezes até definitivamente) e hipoteca-se a oportunidade de arranjar o emprego dos seus sonhos...

Viver ao mesmo tempo a própria adolescência e ser pai também não é tarefa fácil. Da mesma forma, o jovem adolescente que se torna pai vê-se envolvido na dupla tarefa de lidar com as transformações da idade e as da paternidade, que requerem trabalho, estudo, educação do filho e cuidados com a companheira, esposa ou "apenas" mãe do seu filho.

A somar a isto, quando a relação não é estável ou foi apenas uma aventura, as relações entre duas famílias que "não têm nada em comum excepto a criança" podem ser muito tensas e até hostis... E quem sofre não é só a criança, são todos os envolvidos.

Quanto mais informação os adolescentes tiverem, quanto melhor a qualidade da mesma, mais condições eles terão de fazer as escolhas correctas para não prejudicar a sua vida.

Mas dar apenas informações técnicas aos jovens não basta. É muito importante que os jovens tenham espaço para fazerem perguntas, conversarem com amigos e parentes mais velhos e aconselharem-se com um especialista quanto à escolha do melhor método contraceptivo. É essencial que também sejam orientados em casa, na família, que falem e sejam ouvidos, sem preconceitos ou julgamentos.

quarta-feira, 21 de maio de 2025

2º ciclo | Área 1: O Corpo Sexuado Tema 4 : Imagem corporal

Justificação

As mudanças do corpo decorrentes do crescimento rápido que se inicia na puberdade, por vezes, brusco e descoordenado, podem originar situações difíceis, de serem ultrapassada, pelos pré-adolescentes, por se encontrarem ainda muito inseguros em relação à reformulação da sua imagem corporal, que começa a se diferenciar da que tinham na infância. A integração das modificações do "novo" corpo nem sempre é pacifica. Alguns pré-adolescentes aceitam com facilidade a nova imagem corporal mas outros terão muita dificuldade na sua integração, podendo mesmo desenvolver um, processo de negação.

Paralelamente a estas inquietações também começam a surgir oscilações de humor e alguns questionamentos, começando a pôr em dúvida um conjunto de aspectos relacionados com a família e com a escola.

A imagem corporal, ou seja, a representação mental do corpo é um elemento essencial para a construção da identidade sexual e pessoal.

Assim, para ajudar os pré-adolescentes a uma melhor aceitação das mudanças corporais o tratamento deste tema deve contemplar quer a transmissão de conhecimentos sobre as mesmas e as suas respectivas implicações quer a assunção de atitudes positivas e de aceitação por parte dos adultos próximos. Será, também, importante explorar a "estética corporal" decorrente de padrões de beleza que, por meio da comunicação e da publicidade, exercem pressão social, impondo um "ideal estético".

Objectivos pedagógicos

Ao nível dos conhecimentos, contribuir para que cada aluno/a adquira saberes relacionados com:

Os aspectos relacionados com a imagem corporal;

As mudanças corporais e respectivas implicações;

A "estética padrão" e a "estética" saudável.

Ao nível das atitudes/comportamentos, contribuir para que cada aluno/a fique predisposto a:

Compreender que existem diferentes formas de integração da imagem corporal;

Respeitar os outros relativamente às preocupações que tenham com o seu corpo;

Aceitar a existência de diferentes "estéticas corporais".

Ao nível das competências, contribuir para que cada aluno/a seja capaz de:

Adoptar comportamentos para uma adequada integração da sua imagem corporal;

Identificar as pressões sociais relacionadas com a "estética padrão";

Entender as dificuldades e preocupações relacionadas com a aceitação do "novo" corpo.

Conteúdos mínimos

Necessidade de reajustamento da imagem corporal decorrente das mudanças físicas da puberdade

Papel da imagem corporal na identidade sexual e pessoal

Pressões sociais da comunicação e da publicidade relativamente à "estética padrão" e a sua influência junto dos pré-adolescentes

Bibliografia

FRADE, Alice [et al.]. Educação Sexual na Escola. 2ª Edição. Lisboa: Texto Editora, 1996.

HARRIS, R.H. Vamos falar de sexo. Lisboa: Terramar, 1994

LÓPEZ, Félix; FUERTES, António. Para comprender a sexualidade. Lisboa: Edição APF, 1999.

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Técnicas de Educação Sexual


Download -  Técnicas de Educação Sexual


Para saber mais...

O trabalho em Educação Sexual é um trabalho complexo, sobretudo, pelas questões morais e éticas que implica.

Daí que o desenvolvimento de projectos nesta área exija simultaneamente conhecimentos técnicos específicos e reflexão individual e em grupo sobre a temática.

Para além disso, a abordagem dos afectos e das atitudes pressupõe também treino de competências pessoais e de comunicação.

Nesta secção, encontará não só informação sobre o contexto reflexivo da educação sexual, mas igualmente metodologias e actividades de aplicação prática nos diversos níveis de ensino, facilmente adaptáveis a situações concretas.

Não se esqueça que uma das regras básicas do processo de formação é conhecer o seu contexto e adaptar as sugestões ao grupo com o qual desenvolve trabalho.

A importância da Educação Sexual para o desenvolvimento do indivíduo

"Haverá quem diga que, no capítulo da sexualidade, o conhecimento é algo que lhe retira o encanto; mas poderá haver também quem imagine que o conhecimento é que irá resolver esse problema. Porventura, nem lhe retira o encanto, nem a resolve, como por encanto.

Antes de apresentar os conteúdos, a reflexão sintéctics que talvez eu pudesse deixar é que, para além de "fazer amor", há um "fazer do amor" ao qual importa atender. O amor é também uma forma de cultura, isto é, alguma coisa que se tem de cultivar. E, em todo esse processo, que é seguramente complexo, p conhecimento, sem retalhar encantos, pode constituir um ingrediente extremamente importante para a elevação e enriquecimento da qualidade que nós pomos nesse modo de habitar o mundo, a história, a vida e a relação com os outros".

José Barata-Moura

Como implementar um projecto em EDS? 4 condições essenciais

1. Diagnóstico de partida

Para iniciar o seu trabalho na área da Educação Sexual, é conveniente começar por fazer um diagnóstico sobre a situação do tema na sua Escola:

Este tema já tem vindo a ser tratado na sua Escola?

Se sim, de que forma? Quais são os pressupostos teóricos utilizados? Tenha consciência de que existem diferentes perspectivas de abordagem da Educação Sexual. Por exemplo, há quem baseie o seu trabalho apenas nos aspectos biológicos da sexualidade, ou enfatize unicamente a informação de carácter médico, como forma de evitar a doença, ou ainda, quem foque a atenção na necessidade de abstinência por parte dos jovens e não discuta contracepção ou sexo seguro. Estas são apenas algumas das perspectivas possíveis de encontrar, apesar das Linhas Orientadoras da Educação Sexual em Portugal, publicadas em 2000, preconizarem uma visão holística do tema.

Por quem? Se o tema já é presença no plano curricular, convém saber quem tem tido a incumbência de desenvolvê-lo. O trabalho com toda a comunidade educativa é essencial e se já existem projectos desenhados e implementados deverá tentar conhecê-los o mais aprofundadamente possível. Não se esqueça que trabalhar em grupo é uma mais-valia, impossível de prescindir.

Como? Necessita também de conhecer quais as metodologias e os recursos pedagógicos a utilizar. Tente saber, na sua área geográfica, quem já produziu e testou materiais e quais as entidades que disponibilizam informação sobre este tema.Para quem? É essencial conhecer o seu público-alvo; quais as suas necessidades, questões e desejos acerca deste tema? Qual o seu contexto sócio-económico e familiar?

2. Procure informação sobre sexualidade

Não se limite apenas a pesquisar documentação sobre educação sexual; alargue a sua visão e tente conhecer as diferentes dimensões da sexualidade, numa perspectiva holística e integradora. A educação sexual não se restringe à transmissão de informação, implica trabalhar atitudes e são necessários também conhecimentos relacionados com o desenvolvimento de competências básicas de vida e de comunicação. Questões como valores, personalidade, auto-estima, imagem do corpo, género, expressão física, socialização são algumas das que compõem o tema da Educação Sexual e sobre as quais necessitará de trabalhar.

3. Posicione-se!

Reflicta sobre as questões morais e éticas que a Educação Sexual pressupõe;

Estabeleça o seu próprio ideário

4. Tenha uma linguagem e uma atitudes inclusivas!

Para ter sucesso no seu trabalho, é conveniente que tenha uma linguagem inclusiva, ou seja, que o seu discurso não exclua ninguém; tenha em atenção que hoje em dia, o conceito de família alargou-se e temos diferentes formas de agregados familiares: há crianças e jovens que vivem só com um dos pais, outros com dois pais ou duas mães...; substitua a referência a namorado ou namorada por relações de namoro de forma a puder abarcar todas as realidades...

Não parta de ideias pré-concebidas e nunca empregue ou reforçe estereótipos: não está provado que todas as pessoas jovens com determinada idade já tenham tido relações sexuais completas; não é certo que o seu discurso se dirija sempre a pessoas heterossexuais...

Metodologia de Projecto

1. Tomada de decisão acerca da implementação de programas de educação sexual


2. Obtenção do apoio dos órgãos de gestão e da família


3. Criação de um grupo de elementos pertencentes à comunidade educativa interessados em colaborar


4. Criação de um núcleo de acção que, trabalhando em equipa, desenhem o projecto propriamente dito


5. Desenho do projecto


Caracterização da instituição
Ambiente interno
Ambiente externo

Levantamento de necessidades não resolvidas

Inventário de problemas

Estabelecimento de prioridades

Definição das finalidades

Definição das estratégias

Definição dos objectivos

Definição das actividades

Discussão do projecto na escola

Aprovação do projecto

sábado, 5 de abril de 2025

Menopausa

Caracterização
Trata-se de um fenómeno fisiológico, logo, absolutamente normal, mas que tem um grande impacto na vida da mulher. As implicações decorrentes deste período da menopausa podem ser maiores ou menores consoante a mulher, o seu prévio estilo de vida, os seus hábitos desportivos, os seus comportamentos alimentares e sexuais, entre outros. A menopausa surge por volta dos cinquenta anos de idade, mas este limite pode variar bastante de mulher para mulher. É antecedida por uns anos ou meses (pró-menopatisa) caracterizados por irregularidades menstruais devidas à falta de ovulações.

Com a redução progressiva do funcionamento das glândulas que são conhecidas como ovários, deixa de haver produção das hormonas femininas, denominados estrogénios e deixa também de se efectuar a libertação mensal de óvulos. Assim, o organismo feminino adapta-se a um novo ambiente hormonal designado hipoestrogenismo que se caracteriza por uma descida acentuada dos níveis de estrogénio no corpo. Importa referir que esta situação pode ocorrer mesmo antes do período de menopausa, nos casos de aparecimento de doenças que também acarretam o hipoestrogenismo. Se, na fase da menopausa, houver uma redução rápida e intensa dos estrogénios, é natural que nestas mulheres com doenças haja uma exacerbação dos sintomas da menopausa, que necessitarão de tratamento específico, para alívio dos seus sintomas, ao contrário dos casos em que o hipoestrogenismo se vai instalando lenta e progressivamente (e para o qual o respectivo tratamento só é feito nos casos em que os seus médicos pretendem fazer a prevenção de doenças que surgirão anos mais tarde em consequência do hipoestrogenismo).

Se há várias décadas, as mulheres tinham uma esperança média de vida não muito elevada, com taxas de mortalidade acentuadas, a verdade é que, presentemente, se verifica a situação inversa, ou seja, assiste-se ao envelhecimento global da população, encontrando-se uma percentagem cada vez maior da população feminina em fase pós-menopausa. Actualmente, pode dizer-se que as mulheres viverão cerca de um terço da sua vida em pós-menopausa. Esta realidade faz toda a diferença, não apenas a nível fisiológico, onde os efeitos da privação das hormonas sexuais femininas sobre vários órgãos se fará sentir concretamente, mas também a nível psicológico, social e financeiro. A mulher deparar-se-á com novos problemas relativos a estas áreas, nomeadamente os riscos aumentados de doença cardiovascular, doença óssea e até doença psíquica. Como tal, afiguram-se de extrema importância todos os tratamentos de correcta compensação hormonal que permitirão dar "mais anos às suas vidas e mais vida aos seus anos".


Sintomas
Durante a fase pró-menopatisa os sintomas caracterizam-se por irregularidades menstruais devidas à falta de ovulações. As menstruações abundantes podem traduzir a presença de anomalias do útero e que constituem um risco para doenças graves se não forem corrigidas, quer do útero quer da mama. Já na pós-menopausa surgem outros sintomas devido à falta de hormonas femininas (por serem diferentes causam, por vezes, dificuldades de diagnóstico para quem não esteja familiarizado com este problema). São frequentes os afrontamentos, os calores súbitos, as dores de cabeça, as insónias, o humor depressivo, a irritabilidade, a secura da vagina, as dificuldades sexuais, a incontinência urinária, o aumento de peso, a modificação da pele e do cabelo, as dores ósseas e articulares. Há, ainda, tendência para o aumento de pressão arterial, para a subida de colesterol e, por vezes, para o aparecimento de dores pré-cordiais e alterações no electrocardiograma.

Sistematizando, são estes os sintomas e sinais mais comuns da menopausa:
- Paragem das menstruações
- Aumento de peso, modificação da pele e do cabelo, artralgias, dores ósseas
- Afrontamentos, calores súbitos, sudação, cefaleias (sintomas vasomotores)
- Humor depressivo, insónias, irritabilidade (sintomas psíquicos)
- Incontinência urinária, secura da vagina, dificuldades sexuais (sintomas urogenitais)
- Aumento da pressão arterial e do colesterol, pré-cordialgias, alterações no E.C.G. (sintomas cardiovasculares)

Como tal, sempre que não haja contra-indicação, deverá proceder-se à substituição hormonal. A partir da década de cinquenta, foi desenvolvida uma terapia de substituição hormonal (TSH), usando apenas estrogénios, ou com progesterona, para colmatar os efeitos da menopausa. A realização desta terapia, a longo prazo, tem sido associada ao aumento de incidência do cancro do útero e à formação de coágulos nos vasos sanguíneos, mas formulações recentes, que usam estrogénios naturais, não têm sido associadas a estes efeitos secundários. Sem uma terapia de substituição hormonal existe um aumento do risco de aparecimento da osteoporose (adelgaçamento e fragilização dos ossos), o que pode levar a fracturas ósseas, muitas vezes fatais no caso de mulheres de idade avançada.

Alerta-se para o facto de nunca se dever iniciar um tratamento sem que se conheçam os resultados de uma mamografia, de uma ecografia ginecológica, de análises bioquímicas, ou de uma citologia cervico-vaginal (Papanicolau).

Eis uma lista de exames a efectuar antes de iniciar a Terapêutica Hormonal de Substituição:
- Exame ginecológico com citologia cervico-vaginal (Papanicolau)
- Mamografia
- Ecografia ginecológica
- Perfil lipídico
- Densitometria

De salientar que existem situações em que os tratamentos de substituição hormonal são contra-indicados. É o caso da presença de cancro da mama e do útero (adenocarcinomas), dos sangramentos vaginais de causa desconhecida, dos acidentes trombo-embólicos, em fase aguda, das doenças graves do fígado, e dos nódulos da mama de natureza não esclarecida.


Tratamento
Cada caso tem de ser estudado criteriosamente, de modo a escolher-se o melhor tipo de hormonas a utilizar, a dose recomendada e a melhor via da sua administração. Durante o tratamento é indispensável verificar se se obtém a desejada eficácia clínica e se há normalização dos factores de risco ósseo e cardiovascular. Por isso, nas mulheres que possuem útero devem utilizar-se sempre as duas hormonas femininas: os estrogénios e a progesterona, administrados em combinação diária ou sequencialmente (no primeiro caso, não surgem sangramentos; no segundo, há "menstruações" mensais).
No caso das mulheres que já não possuem útero deverão utilizar-se apenas os estrogénios.
É necessário tomar o equivalente a 1 grama de cálcio por dia (contido em 1 litro de leite). É altamente recomendada a prática de exercício físico regular bem como uma alimentação equilibrada e com muitas fibras (vegetais, cereais). Saliente-se que o recurso a antidepressivos e tranquilizantes é muito raro, ainda que pareça ser muito indicado o seu uso.

As interessadas poderão ter Consultas de Menopausa um pouco por todo o País, nomeadamente:
- Hospital Garcia da Orta (Almada)
- Hospital Fernando Fonseca (Amadora)
- Hospital Distrito de Aveiro (Aveiro)
- Hospital Nossa Senhora do Rosário (Barreiro)
- Hospital de São Marcos (Braga)
- Hospital Distrito de Cascais (Cascais)
- Hospitais da Universidade de Coimbra (Coimbra)
- Maternidade Bissaya Barreto (Coimbra)
- Hospital do Espírito Santo (Évora)
- Hospital Distrital de Faro (Faro)
- Hospital da Senhora da Oliveira (Guimarães)
- Hospital Sousa Martins (Guarda)
- Hospital D. Estefânia (Lisboa)
- Hospital Egas Moniz (Lisboa)
- Hospital de Santa Maria (Lisboa)
- Hospital São Francisco Xavier (Lisboa)
- Maternidade Alfredo Costa (Lisboa)
- Hospital de Ponta Delgada (Ponta Delgada)
- Hospital Dr. José Maria Grande (Portalegre)
- Hospital Hospital de São João (Porto)
- Hospital do Terço (Porto)
- Hospital Geral de Santo António (Porto)
- Hospital P. Hispano (Porto)
- Maternidade Júlio Dinis (Porto)
- Hospital de Santo Tirso (Santo Tirso)
- Hospital de Vila Nova de Gaia (Vila Nova de Gaia)
- Hospital São Teotónio (Viseu)


Curiosidade
O Dia Mundial da Menopausa é assinalado a 18 de Outubro.


Bibliografia:
http://www.spmenopausa.pt/
www.universal.pt

Período: Modos de agir

Algumas mulheres têm dores durante o período. Outras não sentem nada. Embora possa haver nisto uma componente psicológica, está provado clinicamente que o desconforto físico e as dores menstruais - que se designam por dismenorreia primária - têm uma origem fisiológica normal mais uma vez relacionada com hormonas: as prostaglandinas. Produzidas pelo próprio endométrio e aí acumuladas antes de se iniciar o período, vão sendo absorvidas pelos músculos uterinos que se contraem para expulsar o fluxo menstrual, provocando as tais sensações dolorosas, a nível do abdómen. O efeito das prostaglandinas no organismo pode, além destas contracções uterinas mais ou menos dolorosas, provocar nalgumas pessoas, diarreia, vómitos, dores de cabeça e mau estar geral.

A tensão pré-menstrual (designada TPM por muitos) refere-se a sensações de inchaço, de seios doridos, ao aparecimento de borbulhas, a irritabilidade, ansiedade e nervosismo que também algumas jovens e mulheres começam a ter cerca duma semana antes de se iniciar o período. Médicos e cientistas apontam como causa a variação nos níveis de estrogéneo e progesterona que acontecem nesta fase do ciclo.

Há contudo pessoas que podem ter dores provocadas por problemas ginecológicos – a chamada dismenorreia secundária - não sendo esta habitualmente a origem das que acontecem nas jovens.
Para aliviar este desconforto, existem várias alternativas:

Tomar um analgésico especifico para a dismenorreia. Não se deve tomar qualquer analgésico sem pedir conselho ao médico ou ao farmacêutico.

Fazer exercício físico, pois este ajuda à produção de endorfinas, neutralizador natural das dores.

Tomar um banho morno relaxante, ou colocar um saco de água quente na barriga, o qual ajuda ao relaxamento muscular.

Fazer uma auto-massagem suave no abdómen.

Comer menos sal e beber mais água, o que diminui a retenção de líquidos nos tecidos e o desagradável inchaço.

Procurar fazer uma vida normal, não (sobre)valorizando as dores e o desconforto.

Masturbação

A masturbação é o acto de acariciar, tocar e estimular partes do corpo, com o objectivo de proporcionar prazer. É um acto que pode ser praticado isoladamente ou pelo casal, uma vez que é considerada uma das melhores formas de auto-conhecimento sexual.
Quem pratica a masturbação consegue, assim, saber e conhecer melhor as zonas do seu corpo (erógenas) — para além das genitais —que lhe proporcionam maior prazer, podendo contribuir para uma vida sexual mais gratificante. Para além do toque aquando da masturbação, as fantasias sexuais individuais accionam a excitação e o prazer momentâneo.

A masturbação pode ser praticada por pessoas de ambos os sexos e não acontece apenas na adolescência. Faz parte da sexualidade humana, ao longo da vida, embora possa ser mais frequente nesta fase, que está associada à descoberta do corpo.

Não existe nenhum estudo científico que demonstre que a masturbação causa problemas de saúde ou alterações/reacções físicas, como o crescimento anormal de pêlos, impotência, aparecimento de borbulhas, perda da virgindade, aumento de peso ou, ainda, que cause infertilidade, entre outros.

As referências a estas alterações físicas hipoteticamente decorrentes da masturbação são consideradas pela comunidade médica como sendo mitos sociais sustentados pela ideia de que a actividade sexual do ser humano deve ter como objectivo final a reprodução, em detrimento do prazer físico e psicológico. Mas os mitos não passam disso mesmo.

É importante esclarecer que a masturbação não faz mal à saúde. É uma simples e natural prática sexual, em que se explora e descobre o próprio corpo em busca de prazer. Só poderá ser considerada prejudicial quando altera a rotina diária do indivíduo, em que este se refugia na masturbação, evitando sociabilizar, por pensar que é mais fácil e simples do que procurar a companhia e o relacionamento com outras pessoas. Nesta perspectiva, é importante gostarmos do que vemos quando nos olhamos ao espelho e a masturbação faz parte dessa descoberta, de nós próprios e dos outros.
Segundo a Declaração dos Direitos Sexuais, “a sexualidade é uma parte integral da personalidade de todo o ser humano. O desenvolvimento total depende da satisfação de necessidades humanas básicas, tais como desejo de contacto, intimidade, expressão emocional, prazer, carinho e amor”.

Andropausa

Durante a andropausa regista-se no homem uma descida nos níveis de testoterona (hormona sexual masculina, segregada pelos testículos), à semelhança do que sucede com a descida dos níveis de estrogénios (hormonas sexuais femininas produzidas nos ovários) da mulher durante a menopausa.

No entanto, se na mulher este ciclo é marcado pelo fim da menstruação, no homem não existe um marco claro que assinale a transição. As mudanças ao nível físico ocorrem gradualmente e podem ser acompanhadas por mudanças na atitude e na disposição, fadiga, bem como perda de energia, de desejo sexual e de agilidade física.

Com a diminuição da testosterona diminuem também as acções que a hormona exerce sobre os tecidos do corpo, em especial nos órgão genitais e a nível cerebral, o que se reflecte a nível psicológico e corporal. A acção da hormona influencia também a densidade capilar, a massa gorda, as células sanguíneas e os ossos.

A investigação tem demonstrado que a diminuição da testosterona está relacionada com problemas como as doenças do coração e a fragilidade dos ossos (a osteoporose, cujo aparecimento também se realaciona com outros factores como a falta de actividade física e o alcoolismo). Estas mudanças ocorrem numa fase da vida em que se questionam as realizações pessoais, familiares, profissionais - e até o "sentido da vida" -, pelo que é difícil avaliar se as mudanças que ocorrem estão relacionadas com a andropausa ou com outas variáveis.

A diminuição da testosterona com a idade é , nos homens, parte do processo de envelhecimento, pelo que existe alguma resistência em identificar a andropausa como um período "real" ou uma condição específica.
A diminuição gradual de hormonas masculinas no homem faz com que alguns especialistas prefiram a utilização da designação hipogonadismo de início tardio, uma das mais usadas, a par com "andropausa".

Regra geral, os sintomas começam a surgir a partir dos quarenta anos, prolongando-se nas décadas seguintes, embora seja difícil de estabelecer uma idade para o seu aparecimento. Refira-se ainda que em cada indivíduo as mudanças podem ser diferentes (muitos homens não admitem sequer que existem mudanças). Além de os sintomas serem vagos e de diferirem de homem para homem, os testes que avaliam a disponibilidade da testosterona são recentes, o que, no passado recente, contribuiu para que este problema fosse pouco diagnosticado e tratado.

O nível de testosterona só é considerado baixo em relação à gama de valores normais em cerca de 13% dos casos. No entanto, análises de sangue mais detalhadas e recentes mostram que a disponibilidade da testosterona decresce em 74% dos casos. A terapia passa por uma reposição dos níveis de testosterona.

A investigação tem vindo a relacionar a deficiência de testosterona com algumas outras doenças, entre as quais a disfunção eréctil, a doença de Alzheimer e a síndroma metabólica (que atinge sobre tudo os homens com mais de quarenta anos e está relacionada com dietas hipercalóricas, obesidade e sedentarismo, caracterizando-se por uma associação de factores de risco para, entre outros, as doenças cardiovasculares ou a diabetes).

Os avanços nos meios de diagnóstico e o aumento da esperança média de vida têm contribuído para uma nova abordagem desta fase tão importante na vida dos homens.